Um Dia Depois do Outro
Quando a filha, Amy — uma talentosa médica, mãe e esposa —, tem um
colapso e morre de uma doença cardíaca assintomática, Roger Rosenblatt e
a mulher,
Ginny, deixam sua casa na Margem Sul de Long Island para morar com o
genro, Harris, e os três netos pequenos: Jessica, de seis anos, Sammy,
de
quatro, e James, de um, apelidado de Bubbies. Tendo há muito deixado
para trás os anos de fraldas, deveres de casa e apresentações escolares,
Roger e
Ginny — Boppo e Mimi para as crianças — rapidamente se reabituam ao
mundo das crianças pequenas: histórias de ninar, brinquedos falantes,
amiguinhos,
perguntas incessantes e raciocínio não sequencial. Embora abalados pela
morte de Amy, os dois vão em frente na reconstrução da família,
apoiando-se
mutuamente e orientando três crianças ativas, alertas e ternas em meio à
dor e à confusão do luto. Enquanto se encanta com a força do genro, um
cirurgião e a tenacidade e a habilidade da própria esposa, uma
ex-professora de jardim de infância, Roger cumpre diariamente “a única
tarefa
doméstica em que me tornei especialista”: a de preparar com perfeição a
torrada matinal de acordo com a preferência de cada neto. Com a
espirituosidade, a emoção, a precisão e a profundidade da compreensão
que sempre caracterizaram seu trabalho, Roger remove as camadas dessa
perda, a
mais pessoal de todas, para prestar, ao mesmo tempo, uma homenagem à
filha falecida e um testemunho de amor familiar.
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