domingo, 16 de dezembro de 2012

Nunca Mais, Rachel

Nunca Mais, RachelSarah Nickerson é como qualquer outra supermãe extremamente dedicada à sua carreira em Welmont, um afluente subúrbio de Boston onde vive uma vida agitada mas próspera com o marido Bob, uma babá de confiança e três filhos — Lucy, Charlie e Linus, de nove meses. Entre recrutar as melhores e mais brilhantes mentes como vice-presidente de recursos humanos da Berkley Consulting, levar as crianças para o futebol, a creche e aulas de piano; convencer a professora do filho que ele não sofre de fato de transtorno do déficit de atenção e chegar em casa a tempo para o jantar, é um assombro que essa superocupada e excepcionalmente bem-sucedida ex-aluna de Harvard encontre tempo para respirar. Um balão confesso prestes a estourar, Sarah administra miraculosamente cada segundo de sua vida como um controlador de tráfego aéreo. Até que, num dia fatídico, quando está indo de carro para o trabalho, ela tenta dar um telefonema e desvia os olhos da estrada por um segundo a mais. Num piscar de olhos, todas as partes em rápido movimento de sua vida abarrotada são bruscamente interrompidas. Uma lesão cerebral traumática apaga por completo a parte esquerda de seu mundo, e Sarah tem de passar a prestar estreita atenção aos detalhes que a cercam, inclusive à sua mãe até então ausente. Sem perceber a comida do lado esquerdo de seu prato ou mesmo sua própria mão esquerda, ela é forçada a procurar respostas no vazio desse estranho hemi mundo — com relação tanto ao passado quanto ao futuro incerto. Agora, quando se obriga a reconquistar sua independência e curar-se, Sarah tem de aprender que seu destino real — sua nova, verdadeira vida — pode estar muito longe do mundo das teleconferências e das planilhas. E que uma felicidade e uma paz maiores que todo o sucesso no mundo estão bem ao seu alcance, contanto que diminua sua velocidade o suficiente para percebê-las.

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